ESCOLHER O TEMA PARA O SEU TCC
09/01/2016 09:08
Prof. Alejandro Knaesel Arrabal
O primeiro desafio na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso é a escolha do tema. Neste texto apresento objetivamente alguns critérios e sugestões para esta tarefa.
1 COMO ENCONTRAR UM TEMA
A leitura ainda é o meio de captação de idéias por excelência. Muitas vezes não se tem a menor idéia sobre determinado assunto. A partir de leituras combinadas começam a surgir alguns questionamentos que podem resultar em um bom tema.
Algumas sugestões:
a) Procure inspiração nos livros, revistas e folhetos; nos informes, anuários, atas e boletins de instituições científicas especializadas (universidades, entidades públicas e privadas);
b) Observe os fatos e os fenômenos que nos rodeiam;
c) Converse com pessoas conhecedoras de determinada disciplina (professores, juízes, servidores públicos, entre outros);
d) Seminários, quando bem conduzidos, são muito bons para obter alguma idéia para a sua monografia.
c) Converse com pessoas conhecedoras de determinada disciplina (professores, juízes, servidores públicos, entre outros);
d) Seminários, quando bem conduzidos, são muito bons para obter alguma idéia para a sua monografia.
2 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO TEMA
a) Interesse
O tema deve suscitar curiosidade e interesse.
O orientador pode sugerir ou apresentar uma lista de temas, mas é necessário que o assunto seja definido a partir do interesse pessoal do aluno.
b) Criticidade (Indagação)
b) Criticidade (Indagação)
O tema deve sugerir uma indagação decorrente de uma ou mais divergências ou instabilidades presentes no fenômeno jurídico. Por exemplo: divergência doutrinária, inadequação da norma jurídica vigente frente aos acontecimentos da atualidade, divergência em relação à interpretação da norma, dentre outras possibilidades.
c) Delimitação
c) Delimitação
O tema deve ser específico, particular, determinado: É preferível eleger temas específicos e não temas extensos.
O estudante, portanto, deverá evitar os temas abertos na medida em que eles conduzem à superficialidade. Os temas fechados são aqueles bem delimitados, que não pretendem abarcar o mundo científico com as curtas pernas humanas. São temas que possibilitam um tratamento aprofundado, sem superficialidade. (FERREIRA SOBRINHO, 1997, p. 44)
Qualquer tema específico deve relacionar-se com a parte geral, ou seja, relacionar-se com o universo dos conceitos e princípios vinculados ao assunto.
d) Acessibilidade
d) Acessibilidade
Acessibilidade quanto às fontes (bibliografia): leve em conta os idiomas que você conhece.
Acessibilidade quanto ao conteúdo: avalie sua maturidade para abordar o estudo. Lembre-se que tema deve ser compatível com as possibilidades materiais para realização da pesquisa.
e) Atualidade
e) Atualidade
O tema deve ser de Interesse atual (mesmo que predomine uma abordagem história): Interesse no sentido de ser útil, de ser importante.
Simplicidade x mediocridade: Não se exige extraordinária contribuição nem tão pouco tolera-se a mediocridade.
O tema não pode ser efêmero.
f) Interdisciplinaridade
f) Interdisciplinaridade
O tema pode apresentar uma abordagem interdisciplinar ou multidisciplinar. Contudo deve manter a natureza essencialmente jurídica.
Os temas interdisciplinares são importantes, sem dúvida. Entretanto, certamente que não é uma empreitada fácil desenvolvê-los na medida em que se requer uma carga de conhecimentos bem maior que aquela reclamada para um tema fechado de índole comum (ou não interdisciplinar). A interdisciplinaridade aumenta o leque de pontos a serem tratados em um trabalho monográfico. Isto ocorre pelo fato de ser necessário explicitar as várias conexões do objeto da monografia com outros correlatos. O tema interdisciplinar, neste sentido, não é incompatível com o tema fechado. Pelo contrário: poderá enriquecê-lo na medida em que o estudante, se tiver gabarito intelectual para isso, explorará uma senda teórica mais abrangente que será formada pelo conhecimento jurídico puro e por conhecimentos outros que lhe são próximos (sociologia, economia etc.) (FERREIRA SOBRINHO, 1997, p. 48-49)